O Tribunal de Contas do Município de São Paulo alertou a prefeitura depois de constatar um avanço de menos de 20% nas obras de requalificação da Avenida Santo Amaro, na zona Sul. A proposta foi aprovada na sessão plenária desta quarta-feira (2/8) pelos conselheiros do TCM.
As obras fazem parte da Operação Urbana Consorciada da Av. Brigadeiro Faria Lima e custarão R$ 74 milhões para a cidade. O prazo previsto inicialmente era de 24 meses. As obras só começaram efetivamente em julho de 2022, depois de anos de adiamento por causa de desapropriações, estudos técnicos, análises urbanísticas e definição de recursos. O contrato com o consórcio está assinado desde maio de 2016.
A SPObras e a empresa contratada para realizar o serviço alegam que os bloqueios de trânsito liberados pela CET são insuficientes para avançar os trabalhos com mais agilidade. Na prática, a CET autorizou apenas o bloqueio das duas faixas centrais de um total de seis.
O modelo alternativo defendido pela SPObras e pelo consórcio responsável pelos trabalhos teria bloqueadas para os trabalhos as quatro faixas centrais e apenas duas liberadas para trânsito, uma no sentido bairro e outra no sentido centro.
O modelo atual tem menor impacto no trânsito, mas ritmo mais lento. O modelo defendido pela SPObras e pela empresa teria maior impacto no trânsito, mas aceleraria as entregas.
Nos últimos meses, técnicos do gabinete do Conselheiro Domingos Dissei visitaram o local e fizeram reuniões com os envolvidos. Os dados sobre avanços na obra e dificuldades em aprovar os modelos de interdições desejados foram fornecidos nesses encontros.
O alerta determina que, no prazo de 15 dias, a prefeitura apresente uma solução sobre a metodologia construtiva e busque um entendimento entre os diferentes órgãos envolvidos no processo, para diminuir os transtornos aos moradores da região.
O trecho de 2,7km de intervenções vai da Av. Presidente Juscelino Kubitscheck até a Av. dos Bandeirantes, cruzando a Av. Helio Pellegrino. O contrato prevê que a avenida tenha enterramento de redes, remodelação da drenagem urbana, mudanças na iluminação, nova sinalização e modernização dos corredores de ônibus, que passarão a ter faixas de ultrapassagem.