Os auditores Luís Guilherme Damiani e Adriano Gonçalves Zambom representaram o Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP) no I Fórum Nacional de Auditoria de 2020, realizado no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Promovido nos dias 4 e 5 de março, o evento é uma iniciativa do Instituto Rui Barbosa (IRB) e tem como objetivo capacitar servidores dos Tribunais de Contas do país na utilização das Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP) em seus trabalhos de fiscalização.
Nesta primeira edição do ano, o Fórum teve como foco trabalhar a Auditoria Operacional (instrumento utilizado pelos Tribunais de Contas) e o Processo Estruturado (instrumento utilizado pelo Ministério Público).
Um dos temas discutidos durante o evento foi a auditoria operacional na área de tecnologia da informação, que atualmente é de extrema importância tanto na realização de auditorias diretamente relacionadas a TI como ainda em apoio a outros trabalhos que utilizam sistemas de informações como base para análise de dados.
Os técnicos do TCMSP participaram do segundo dia da programação do Fórum. O agente de Fiscalização e coordenador da C-III, Luís Guilherme, e o agente de Fiscalização Adriano Gonçalves, da Subsecretaria de Fiscalização e Controle (SFC), apresentaram o trabalho executado pelo Grupo de Auditoria de Tecnologia da Informação (GATI) na rede de comunicação da Secretaria Municipal de Educação (SME) da capital paulista.
Os principais pontos da apresentação foram:
- A Secretaria possui 1.520 escolas próprias, além de unidades administrativas, atendidas por uma rede do tipo MPLS, que fornece conectividade a pontos de acesso Wi-Fi, computadores e dispositivos móveis;
- Auditoria da Rede Municipal de Ensino (2018) apontou que o problema mais citado por professores (70,8%) e gestores (69,6%) referente às condições de funcionamento das escolas foi a dificuldade de acesso à internet (Wi-Fi). A rede de computadores da SME também se relaciona à Meta 22.5 do Programa de Metas 2019-2020 da Cidade de São Paulo;
- A auditoria analisou pontos como a quantidade de links MPLS fornecida, as medições e pagamentos pelo serviço, se existem disponibilização e suporte adequados dos pontos de acesso Wi-Fi nas escolas, e se a rede atende às necessidades pedagógicas das escolas;
- Realizados testes remotos e visitas a 20 unidades atendidas pela rede MPLS para testes in loco - 10 escolhidas com base nos testes remotos, e 10 dentre as visitadas na auditoria de 2018;
- Das unidades visitadas, 2 (10%) apresentavam problemas quanto ao link MPLS, 10 (50%) apresentavam problemas quanto à infraestrutura Wi-Fi, 6 (30%) apresentavam problemas quanto aos equipamentos de informática, e 5 (25%) apresentavam problemas quanto aos dispositivos móveis;
- Identificaram-se inconformidades como escolas com Wi-Fi há mais de sete anos sem funcionar, pagamentos em duplicidade ou indevidos, e velocidade dos links MPLS insuficiente para o uso esperado;
- Recomendou-se à SME segregar o acesso à internet por links de banda larga de baixo custo, melhorar a divulgação do novo contrato de suporte de TI, e ampliar o número e o treinamento de profissionais das Delegacias Regionais de Ensino que auxiliam nos assuntos de TI. Além disso, o acompanhamento de um servidor da Secretaria em todas as visitas gerou resultados imediatos em algumas escolas.
Além dos palestrantes, participaram do evento os agentes de Fiscalização do TCMSP: Helen Cristina Steffen (SFC), João Roberto de Lima (C-II), Rafael Valverde Arantes (C-IV), e Gilson Piqueras Garcia (Escola de Gestão e Contas).
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