A Rede Nossa São Paulo lançou na última terça-feira (16/07) a pesquisa “Viver em São Paulo: Assistência Social”. Os objetivos do estudo são reduzir a população de rua, a vulnerabilidade na primeira infância e o número de usuários de drogas em logradouros públicos.
Para isso, 800 pessoas foram entrevistadas, sendo 54% mulheres e 46% homens. Desse grupo, 39% têm Ensino Médio completo; 28% possuem 55 anos de idade ou mais; 40% têm renda familiar de até dois salários mínimos; 49% são brancos e 48% pretos ou pardos. A pesquisa também foi dividida em quatro blocos: pessoas em situação de rua, crianças e adolescentes, violência doméstica e familiar e renda básica e assistência social.
A partir dos dados obtidos, pôde-se perceber que cresceu o número de paulistanos que levam em consideração a ideia de transformação de prédios desocupados e com dívida de IPTU em locais de moradia como medida da administração municipal. Para esses indivíduos, essa saída melhoraria as condições de quem está nesta situação na cidade de São Paulo. No entanto, ao mesmo tempo, as menções às ações de assistência social e acolhimento diminuíram. Medidas mais duras, como “intensificar a limpeza da cidade e dos locais públicos com presença de pessoas” também foi uma menção que teve um aumento significativo em relação à edição anterior da pesquisa, de acordo com o estudo.
No caso de crianças e adolescentes, destacou-se a importância da educação como forma de proteção para quem está em situação vulnerável e a necessidade de estimular o primeiro emprego para jovens como forma de garantir oportunidade a eles. A discordância em questões socioeducativas que defendem a utilização de violência física como forma de educação, no entanto, aumentou.
A violência doméstica também não obteve uma mudança significativa de 2018 para 2019. Porém, é possível reparar em particularidades de cada segmento abordado entre homens e mulheres para este tema. Por exemplo, pessoas do sexo masculino estão defendendo mais a pena contra quem comete violências contra mulheres, enquanto estas são favoráveis a um aumento da punição.
Já a maioria dos paulistanos ainda é favorável ao projeto de Renda Básica de Cidadania (RBC). Entre a população paulistana, é possível ainda observar a discordância no corte da verba municipal para a área de auxílio. A maioria segue a favor da proposta de renda básica de cidadania para qualquer pessoa que resida há pelo menos 5 anos na metrópole.
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