Ações estratégicas e notícias internacionais na 47ª edição do Boletim do Coronavírus Notícias

30/05/2020 16:00

O Boletim do Coronavírus chegou à sua 47ª edição neste sábado (30/05). Entre as informações sobre as ações estratégicas de combate à pandemia, publicadas nos principais veículos da imprensa internacional, está a de que institutos culturais serão fechados novamente com o ressurgimento da COVID-19 na região metropolitana de Seul. A notícia foi publicada pelo sul-coreano The Korea Herald, que atenta para o fato de que as novas regras estabelecem a suspensão das atividades de museus e teatros, mas também boates, centros religiosos e parques durante, no mínimo, duas semanas.

O espanhol El País alerta sobre os locais onde as infecções se espalham em outros países. Na China, o cluster de Harbin iniciou-se com um idoso que estava realizando um tratamento em um hospital local e acabou por se converter em um “supercontagiador”, espalhando a doença para mais de 70 pessoas. Já na Coreia do Sul o maior foco de contágios ocorreu nos bares e boates de um bairro boêmio da capital. A experiência de Singapura, onde infecções irromperam nos dormitórios superlotados nos quais residem trabalhadores migrantes, evidencia a maior vulnerabilidade das camadas mais empobrecidas ao vírus. Na Alemanha, muitos focos de contágio surgiram em matadouros e estabelecimentos que realizam a embalagem de carnes. Na França também a maior parte dos clusters surgiu em locais onde convivem pessoas “em situação de precariedade e vulnerabilidade”, como abrigos sociais e de reinserção. Foram detectados ainda focos em centros médicos e empresas.

Como o Vietnã conseguiu manter seu número de mortes por coronavírus em zero? A norte-americana CNN explica que a resposta para os números, de acordo com especialistas em saúde pública, está numa combinação de fatores, desde a resposta rápida e imediata do governo para impedir sua disseminação até o rastreamento rigoroso de contatos e quarentena e comunicação pública eficaz. O Vietnã começou a se preparar para um surto de coronavírus semanas antes de seu primeiro caso ser detectado.

Outro destaque é o estudo italiano noticiado pela agência de notícias Ansa que mostra baixo impacto da COVID-19 em crianças. Em 130 casos confirmados da COVID-19 em menores, 75,4% foram assintomáticos ou com pouquíssimos sintomas da doença, todos em níveis leves. A pesquisa, coordenado pelo Instituto de Recuperação e Cura com Caráter Científico (IRCCS) da Maternidade Infantil Burlo Garofolo, evidenciou que 67 crianças tinham parentes muito próximos que contraíram o vírus e 34 tinham comorbidades – como doenças respiratórias, cardíacas ou neuromusculares. Essas doenças são apontadas como agravantes e as principais causas de óbito da COVID.

Ainda na Itália, o La Repubblica traz a explicação, por parte do Tribunal de Contas [da Itália], para a crise da saúde: a concentração dos cuidados de atendimento em grandes hospitais ocorrida nos últimos anos e o consequente empobrecimento do sistema de assistência no território, que se tornou cada vez menos eficaz, deixaram a população italiana "sem proteções adequadas” diante da emergência da COVID-19. A análise aprofundada sobre a sanidade por parte dos órgãos do Estado está contida no último Relatório sobre a coordenação das finanças públicas.

Você pode ler também notícias da China, da França, do Japão e do Reino Unido no Boletim do Coronavírus 47.

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