Vinte e dois alunos da Especialização em Engenharia Civil: Infraestrutura e Obras Públicas da Escola de Gestão e Contas (EGC) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP) participaram, no último dia 19, do seminário “Mudanças Climáticas e o Papel dos Tribunais de Contas”, acompanhados pelo professor Rafael Waissman.
O evento, de caráter restrito, contou com a presença de cientistas, professores, juristas e autoridades. De forma excepcional, a Presidência do TCMSP abriu espaço para a participação dos estudantes, reforçando a importância do diálogo entre a Corte de Contas e a formação acadêmica de novos profissionais.
Realizado em parceria com o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), com apoio da Atricon e do Instituto Rui Barbosa (IRB), o seminário discutiu os impactos das mudanças climáticas sobre a sociedade e os caminhos para que os Tribunais de Contas fortaleçam sua atuação na fiscalização de políticas públicas voltadas à sustentabilidade.
Na abertura do seminário, o presidente do TCMSP, conselheiro Domingos Dissei, classificou a data como histórica e anunciou a criação da Sala do Clima, espaço voltado ao monitoramento de processos ligados à sustentabilidade. A mesa contou ainda com a presença do secretário municipal de Governo, Edson Aparecido, representando o prefeito Ricardo Nunes; do vereador Marcelo Messias, em nome da Câmara Municipal; do ministro Jorge Oliveira, vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU); do conselheiro Luiz Antonio Guaraná, presidente do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro (TCMRio) e do Conselho Nacional dos Tribunais de Contas; além dos conselheiros do TCMSP Ricardo Torres e João Antonio da Silva Filho. Também participaram a diretora do IEA-USP, professora Roseli de Deus Lopes, e o reitor da USP, Carlos Carlotti Junior, reforçando a importância da integração entre poder público, órgãos de controle e academia diante da crise climática.
Entre os destaques da programação, o professor Marcos Buckeridge, do Instituto de Biologia da USP e do IEA-USP, abordou os efeitos das mudanças climáticas nas cidades, enquanto o climatologista Carlos Nobre, referência mundial no tema, tratou das emergências climáticas globais e dos desafios aos Tribunais de Contas. O advogado e ambientalista Fábio Feldmann enfatizou o papel das Cortes no controle ambiental, e o conselheiro Júlio Pinheiro, do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), defendeu a responsabilidade direta dessas instituições na proteção do meio ambiente.
A programação ainda contou com a participação dos professores João Maurício Gama Boaventura, da Codage-USP, Ariaster Chimeli e Carlos Antonio Luque (FEA-USP), além de gestores da Prefeitura de São Paulo, que discutiram questões relacionadas ao saneamento básico, orçamento climático e sustentabilidade.
A participação dos alunos reforça o compromisso da EGC em proporcionar experiências que aproximam a academia da atuação prática das instituições públicas, contribuindo para a formação de profissionais atentos aos desafios da sociedade contemporânea.